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Superstições
Superstições

     A SUPERSTIÇÃO nasceu com o homem, quando ele atingiu a faixa etária do discernimento. Encontra-se mais desenvolvida nas camadas sociais inferiores, onde o nível cultural é de qualidade mais baixa. Não obstante isso, acha-se também entre os intelectuais e os sábios, não raras vezes com maior intensidade. Poderá ser definida como sentimento de veneração ou de repulsa, com respaldo no temor e na ignorância dos fatos e fenômenos. Suas consequências mais aproximadas estão no cumprimento de deveres estranhos e falsos ou na adesão da crença a objetos e ocorrências, embora de modo infrutífero.

 

 

 

 

Cruzar com gato preto dá azar

     Várias das superstições envolvendo os gatos — como você deve ter imaginado — surgiram na idade média. Naquela época, acreditava-se que as mulheres que possuíam gatos eram bruxas, e que elas inclusive podiam se transformar em um desses animais. Desde então, espalhou-se a crença de que cruzar o caminho com um gato preto pode dar azar. Mas, além dessa lenda, muita gente acredita que esses animais podem roubar o fôlego de bebês dormindo, assim como existe uma relação entre o número de gatos que uma mulher possui e o número de anos que ela ficará solteira. Coitados dos bichanos.

 

Jogar sal no ombro esquerdo

     Historicamente, o sal era um artigo extremamente precioso e raro, sendo usado como moeda de troca por muitos povos e tendo o poder de destruir impérios. Assim, desperdiçar sal era algo inaceitável e podia, inclusive, custar a vida do desastrado. Portanto, jogar um punhado de sal sobre o ombro esquerdo era um caro castigo antigamente. Porém, o costume de jogar um pouco dessa substância também está relacionado com espantar o demônio que, aparentemente, tem o hábito de ficar por ali, cochichando maldades no nosso ouvido esquerdo.

 

Bater três vezes na madeira para espantar o azar ou mal agouro

     A origem mais provável de bater três vezes na madeira pode estar no fato de os raios caírem com frequência sobre as árvores. Os povos antigos – desde os egípcios até os índios do continente americano – teriam interpretado este fato como sinal de que tais plantas seriam as moradoras terrestres dos deuses. Assim, toda vez que sentiam culpados por alguma coisa, batiam no tronco com os nós dos dedos para chamar a divindades e pedir perdão.

 

 

 

 

Abrir o guarda-chuva dentro de casa dá azar

     Nenhum supersticioso teria jamais a ousadia de abrir um guarda-chuva dentro de uma casa. A origem deste temor se remonta à época em que os reis orientais e africanos usavam sombrinhas para proteger-se dos raios solares. Devido a sua conexão com o astro rei e porque também sua forma simboliza o disco solar, abrí-lo num lugar sombreado, fora dos domínios do Sol, era considerado um sacrilégio. É provável que a crendice ganhou mais força quando os guarda-chuvas chegaram a Europa e começaram a ser empregados quase exclusivamente pelos sacerdotes nos enterros, sem outro fim que se proteger das severidades do tempo.

 

 

 

Comer aves no Réveillon

     Ninguém quer andar para trás, né? Dizem que, se você comer aves na ceia da virada de ano, você está indo contra a maré e pode não ter um ano muito promissor, só porque as aves ciscam para trás e criam essa simbologia. Mas fica difícil prever o desempenho de um ano inteiro com base no que você come justo na noite de Réveillon, não acha?

 

O noivo ver a noiva pronta antes do casamento

     Essa, quem já viveu pode contar se é verdade ou não! Reza a lenda que, desde a data de noivado até o dia do casamento, o noivo não pode ver a noiva com o vestido escolhido em hipótese alguma! As consequências são um relacionamento turbulento, um casório mal-sucedido ou até o rompimento do casal. Será? 

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